A transição da DI para a DUIMP entrou em uma nova fase, e isso mexe diretamente com o ritmo das empresas que lidam com importação. As datas de ligamento e desligamento anunciadas pela Receita Federal e pelo MDIC sinalizam um avanço claro do Portal Único — mas também exigem que os operadores fiquem atentos para não serem surpreendidos.
A grande mudança é entender a lógica do governo: ligamento não é desligamento.
Quando um processo “liga” na DUIMP, significa que ele está disponível para uso. Já o desligamento da DI — o momento em que a empresa realmente precisa migrar — só acontece quando o fluxo está estável. Esse modelo dá margem de adaptação ao mercado, mas exige acompanhamento próximo.
Nos últimos movimentos, vimos isso na prática. A virada programada para 17/11 acabou acontecendo em 18/11, mas trouxe um recado claro: partes e peças, admissão temporária no aéreo e todas as operações de ANM, DPF, MCTI e Correios agora são, de fato, DUIMP. Isso já é definitivo.
A segunda etapa, prevista para 15 de dezembro, libera novos fluxos importantes — drawback suspensão, autopeças, Repetro e boa parte do RECOF. Mas aqui entra um detalhe essencial: liberar não significa obrigar. O desligamento da DI para essas rotinas virá na sequência, à medida que o sistema amadurecer.
E é exatamente por isso que algumas datas foram ajustadas. O RECOF São Paulo, por exemplo, foi realocado para 19 de janeiro. O motivo? Simples: é um regime de alto impacto, com operações sensíveis, e o governo reconheceu que ele precisa de uma virada mais cuidadosa. Para quem opera com RECOF, esse tipo de ajuste faz toda a diferença no planejamento.
Outro ponto que muda o jogo é a regra para operações com múltiplos órgãos anuentes. Agora ficou oficial: o desligamento só acontece quando todos os órgãos envolvidos estiverem prontos. É uma garantia de segurança para as empresas — e uma forma de evitar inconsistências e retrabalhos no meio do processo.
Por fim, algumas operações, como aquelas amparadas por decisão judicial ou declaração preliminar, não migram neste momento. A DI continua obrigatória para esse tipo de fluxo até que a DUIMP receba uma atualização específica, prevista para o próximo trimestre. Em outras palavras: mesmo com o cronograma em andamento, existem exceções importantes que precisam ser conhecidas.
O recado para as empresas é claro: a DUIMP é um caminho sem volta, mas cada etapa da migração exige atenção estratégica. Saber o que já desligou, o que está ligando agora e o que ainda vai permanecer na DI por um tempo é a diferença entre uma operação tranquila e um problema aduaneiro inesperado.
Se a sua empresa precisa revisar processos, ajustar sistemas ou simplesmente entender como essas mudanças afetam suas próximas importações, a Ônix Comex está preparada para ajudar.
Mais do que acompanhar prazos, nosso trabalho é garantir que você atravesse toda essa transição com segurança, previsibilidade e zero dor de cabeça.
Para assistir o vídeo completo da reunião da COFALC, Clique Aqui.
Para consultar o novo cronograma da DUIMP, Clique Aqui.